Game de futebol fica lento a cada vez que a torcida aparece na tela. 'PES 2014' chega ao Brasil no dia 24 de setembro.



Com a batalha deste ano pelo posto de melhor game de futebol prestes a explodir, o G1 foi à sede da Konami em São Paulo (SP) para testar uma versão 75% pronta de "Pro Evolution Soccer 2014". Uma das principais apostas do novo título da empresa japonesa é o uso da Fox Engine, motor gráfico de "Metal Gear Solid V", que dá aos jogadores uma aparência mais real. O visual realmente é muito fiel, mas a execução do jogo infelizmente deixa a desejar com partidas desbalanceadas e constantes quedas na taxa de exibição de quadros.

Falar da série "PES" nos últimos anos tem sido uma aventura. Líder até quatro ou cinco edições passadas, o antigo "Winning Eleven" viu "Fifa", da Electronic Arts, se reinventar e roubar o seu reinado nos certames virtuais. Já em 2012, o game da Konami ganhou uma injeção de ânimo com um ritmo de jogo que se assemelhava ao do título da EA, mas que não deixava de lado seu aspecto tático mais apurado. Tudo certo para a retomada.
Por isso, é inesperado ver como "PES 2014" parece retroceder em relação ao último jogo, a começar pelo seu desempenho técnico. Após selecionar duas equipes entre as quatro disponíveis – Bayern de Munique, Santos (ainda com Neymar e Rafael no gol), e as seleções nacionais da Alemanha e da Itália – o game abre os trabalhos sobre uma Allianz Arena travada e irreconhecível.

Arquibancada pra quê?
Toda tomada de câmeras que enquadra a torcida virtual de "PES 2014" faz com que a taxa de quadros caia vertiginosamente, o que dá aquela sensação que os gamers de PC conhecem muito bem de "minha máquina não roda esse jogo".
A entrada dos jogadores em campo é totalmente "lagada" (de 'lag' - atrasado, em inglês) para usar o jargão mais apropriado, e mancha o avanço notável da Konami no retrato dos jogadores. Isso porque o nível de detalhamento dos rostos e das animações dos jogadores melhorou muito de 2012 pra cá.
Além das características físicas de cada atleta virtual, as arrancadas de bola, os carrinhos e os chutes estão mais naturais e simulam com precisão o esporte. Os dribles robóticos de outras versões são apenas vestígios.
O problema se repete nos replays, nas cobranças de falta, nos tiros de meta: basta aparecer a torcida para o game "lagar" de maneira súbita. Ainda durante a E3 deste ano, o G1 testou "PES 2014" e notou que a Fox Engine, apesar de poderosa, poderia ser responsável por comprometer a velocidade de processamento e a excessiva lentidão das partidas no game.
E por falar em bolas paradas, um outro "efeito" estranho visto nessa versão diz respeito à visão de jogo. Não foram poucas as vezes que o cobrador de um escanteio ou de uma lateral simplesmente sumiu da tela por conta do enquadramento da câmera.
Se a versão testada ainda representasse uma etapa inicial do desenvolvimento do novo "PES", não haveria preocupação. Mas com pouco mais de 1 mês faltando para o lançamento, fica aberta a questão se haverá tempo para solucionar os problemas.

Ritmo de jogo
A resposta aos comandos em "PES 2014" parece ter melhorado em comparação com o que foi visto na E3. Os toques e chutes são executados sem delonga, e os jogadores não parecem presos ao chão para se deslocar pelo campo ou soltar a bola. Ganhar na corrida com Neymar ficou mais fácil.
Mesmo assim, ainda é preciso lidar com as novas variáveis físicas implantadas pela Konami, como altura, peso e aceleração de cada jogador. No entanto, essas novidades tornam as partidas um pouco desbalanceadas, já que o ritmo do jogo está ligeiramente mais rápido agora do que no evento de junho, em Los Angeles (EUA).
Equacionar essa mecânica de movimentação detalhada e complexa com passes e chutes mais rápidos é tarefa difícil, e pode dar a impressão que o time adversário está voando enquanto você não consegue criar uma jogada em campo.
A Konami quer dar a "PES 2014" uma cara menos "arcade" e mais "simulador". Mas se colocado lado a lado com "Fifa 14", não há como não dizer que o game da EA ainda é, no mínimo, mais coerente em sua proposta de ter partidas mais cadenciadas e mais centralizadas no campo de futebol, sem as típicas correrias para marcar o gol.
É claro que todos esses fatores são ajustáveis e podem (devem) ser aprimorados até a chegada do game – ou até depois, dependendo da paciência dos fãs. Não há dúvidas de que eles são muitos e são fiéis, e não abandonam o gostinho doce da imprevisibilidade das jogadas de "PES", que permanece na versão 2014.
Fonte: G1

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Autor/AdmRobson Nunes Argolo

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