Sony lançou a continuação de sua linha Cybershot com a introdução da câmera de superzoom RX10, que traz uma combinação de lente supervariável e o sensor óptico Exmor R, que não deixa nada a desejar frente a câmeras profissionais. O objetivo da empresa com o novo modelo é o de oferecer, numa mesma câmera amadora, performances estelares em baixa luminosidade e grandes distâncias enquanto mantém um corpo compacto e autofoco veloz.

Para tanto, a RX10 combina o sensor de fotocaptação BSI-CMOS da antecessora RX100, de uma polegada, com uma lente 24-200mm da Carl Zeiss (equivalente a uma 35mm nas DSRL) que consegue manter abertura f/16-2.8. O diafragma, aliás, consegue permanecer em f/2.8 mesmo em zoom máximo, algo extremamente incomum em câmeras compactas. Em termos comerciais, pode-se dizer que ela foi construída para ambientes com pouca luz (daí a implementação do BSI-CMOS, que espreme mais fotodiodos no sensor) e tem um zoom óptico de 8,3 vezes, sem perda de qualidade devido à fantástica abertura do diafragma.

Outro truque da nova câmera é um sistema de autofoco que busca os olhos das pessoas retratadas, fixando o foco da imagem neles enquanto o botão estiver apertado. O sistema funcionará a uma curtíssima distância mínima de 3 cm para fotos macro e disparará até 10 vezes por segundo, se ajustado para captação veloz. As imagens produzidas em sua qualidade máxima atingirão 20,2 megapixels, nas fotos, ou Full HD (1080p) a 60 quadros por segundo, nos vídeos.

A tentativa de trazer características da fotografia profissional em uma câmera compacta não vem sem sacrifício, infelizmente. Em primeiro lugar, a câmera acaba não sendo tão compacta assim – mesmo que o corpo de magnésio ajuda a diminuir o peso total, as dimensões mínimas para abrigar o sensor Exmor R e o processador Bionz X em um mesmo corpo são pouco menores do que as de uma DSLR comum. Além disso, a abertura em f/2.8 limita a criatividade do fotógrafo quanto à profundidade do foco em ambientes mal iluminados, achatando-o a médias e longas distâncias. Por último, a câmera não processará imagens no formato RAW, apenas JPEG.

Em compensação a esses desvios, a RX10 oferece alguns mimos normalmente reservados a câmeras DSRL. De imediato, o visor XGA em OLED dentro da câmera traduz com muita precisão as cores e a definição captadas pela lente, e a presença de um visor de 3 polegadas articulado no parte traseira da câmera dá certa liberdade de movimentação para o fotógrafo, que não precisa prender o olhar ao corpo da câmera o tempo todo. Mais sutil, e mais interessante, são os controles manuais no corpo da lente: por meio de anéis giratórios, é possível regular zoom e foco, como nas DSRL, além da abertura do diafragma, embora o primeiro dos anéis precise de muitas voltas para uma mudança completa. Há, obviamente, uma forma de controle digital para esses valores.
A câmera vem ainda preparada para o futuro, com a tecnologia 4K incluída nas possíveis resoluções de saída pelo cabo HDMI, uma antena de NFC para pareamento com smartphones e PCs e uma antena Wi-Fi embutida. Essa última ferramenta tem dupla função: mais do que a simples transferência de arquivos, ela pode ser utilizada para controle remoto, via aplicativo para iOS ou Android.
Para tê-la você terá que desembolsar US$ 1299 (cerca de R$ 2900 sem impostos). Embora ofereça uma série de luxos em sua construção, a CyberShot RX10 acaba custando até mais do que uma DSRL de entrada, e não tem a flexibilidade de ajustes nem a intercambialidade de lentes a seu favor. Parece insensato trocar um conjunto de corpo e lente profissionais por uma superzoom fixa, mas quem tomará essa decisão será o mercado, em novembro, quando a câmera for lançada em território americano.


Fonte: techtudo 
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